Março Lilás: Mês da Conscientização e Combate ao Câncer de colo de útero

Em Março a atenção é voltada para as mulheres com a campanha de alertas e prevenção do Março Lilás. Essa campanha tem como foco conscientizar as mulhers sobre a prevenção do câncer de útero. O câncer de colo de útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina – estando atrás apenas do câncer de mama e colorretal.

O HPV é uma doença sexualmente transmitivel e é responsavel por 70% dos casos de câncer de colo do útero. Ele possui mais de 150 tipos diferentes de virus, que podem causar o surgimento de verrugas na pele e nas mucosas.

A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Hoje vamos falar sobre os principais sintomas e formas de tratamento, além de apresentar algumas das melhores soluções em seguros para mulheres.

Sinais e Sintomas do HPV e Câncer de Colo de Útero

Como já falamos, o câncer de colo de útero possui um desenvolvimento lento, e muitas vezes não causa sintomas em fase inicial. No entanto, em casos mais avançados o tumor pode causar:

  • Dores nas costas ou nas pernas
  • Corrimento vaginal anormal, com coloração e odores incomuns
  • Sangramento vaginal durante a relação sexual, entre as menstruações ou após a menopausa
  • Verrugas na vulva, grandes ou pequenos lábios, parede vaginal, colo do útero ou ânus
  • Coceira nas partes íntimas
  • Dor durante a relação sexual ou na pelve
  • Problemas urinários ou intestinais
  • Perda de peso involuntária
  • Anemia (devido ao sangramento frequente)

Caso exista a suspeita de HPV, é recomendado que a mulher procure imediatamente por um ginecologista para avaliação!

Como que o HPV é transmitido?

Em 90% dos casos, o HPV é transmitido pela atividade sexual, que inclui:

  • Contato oral-genital
  • Contato genital-genital
  • Contato manual-genital
Muito raramente, o HPV também pode ser transmitido através de:
  • Parto (da mãe para o bebê)
  • Objetos contaminados
  • Uso de vaso sanitário
  • Compartilhamento de roupa íntima
  • Espéculos ou materiais ginecológicos não esterilizados, etc

Detecção Precoce do Câncer de Colo de Útero

Detectar o câncer precocemente é uma das melhores estratégias para encontrar um tumor numa fase inicial possibilitando maior chance de tratamento. A detecção  pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, ou através do exame preventivo (Papanicolaou).

O exame papanicolau detecta alterações celulares no colo do útero, e tem como principal objetivo fazer a detecção de forma precoce, evitando assim o surgimento de lesões mais graves ou até mesmo o câncer no colo do útero em estágios mais avançados.

Como é feito o tratamento para o HPV?

O tratamento para o HPV consiste na remoção das verrugas com usos de pomadas específicas, como imiquimode e podofilox (de acordo com a recomendação do ginecologista). Esse tratamento pode durar de 6 meses a 2 anos, dependendo do tamanho das verrugas e extensão das lesões.

Como previnir o vírus HPV e o Câncer de Colo de Útero?

De acordo com a OMS, a melhor forma de previnir a infecção pelo HPV é tomando a vacina quadrivalente. Essa vacina contém particulas semelhantes aos vírus tipos 6,11, 16 e 18, e oferece proteção para esses quatro tipos de infecção específicos. Ela é indicada para mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos, e está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

No Brasil existem 2 tipos de vacinas contra o HPV: a bivalente e a quadrivalente. Ambas tem como principal objetivo agir e proteger contrata a infecção do vírus – e só se diferenciam pela faixa etária indicada.

  • Vacina bivalente: recomendada para meninas e mulheres de 10 à 25 anos
  • Vacina quadrivalente: indicada para meninas e mulheres que tenham entre 9 à 25 anos

Vale a pena ressaltar a importância da imunização de crianças e adolescentes já que a vacinação é pouco efetiva quando a pessoa já teve contato com o vírus. A adesão à vacina pode ajudar até a erradicar a doença, assim como a poliomilite.

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